Modelo Preditor de Reestenose Pós Angioplastia com Stent Farmacológico X Stent Convencional

Na sessão de artigo de segunda-feira, dia 17/10, foi discutido um artigo publicado em outubro de 2011 na Circulation (www.ahajournals.org/content/124/14/1557.abstract), onde os autores buscam a formação de um modelo de predição de risco de reestonese após um ano de angioplastia, comparando stent farmacológico (DES) e convencional (BMS). Tal estudo buscou adcionar novos indicadores aos usado anteriormentes em outros estudos (diabetes melitus, comprimento e diâmetro da lesão), acrescentando novos fatores clínicos (como idade, HAS, doença arterial periférica, histórico de angioplastias, natureza da angioplastia - eletiva ou de urgência, classe funcional de ICC, entre outros) e novos fatores angiográficos (números de vasos com estenose >70% e número de lesões tratadas). Para isso foram alocados um total de 27107 pacientes de hospitais não federais de Massachusetts no período de 01/10/04 a 30/09/07, sendo que 21933 implantaram DES (80,9%) e 5177 implantaram BMS (19,1%). No resultado final foram observados uma taxa de 7,6% de revascularização de vaso alvo (TVR), sendo que foram 6,7% com DES e 11% BMS. Inicialmente foram analizados somente os fatores clínicos (RR 0,57 IC 95% 0,52-0,64, index C 0,62), sendo acrescentado os fatores angiográficos após (RR 0,53, IC 95% 0,47-0,59, index C 0,66), com IDI (Integrated Discrimination Improvent) de 0,01 (1%). Na anállise multivariada (levando-se em conta os fatores clínicos acrescentados os fatores angiográficos) ficou evidenciado que os seguintes fatores, principalmente, implicavam um pior prognóstico com o uso do DES: idade <50 anos(RR 1,34 IC 95% 1,18-1,5 2), DM (RR 1,16 IC 95% 1,05-1,28), doença vascular periférica (RR 1,31 IC95% 1,15-1,49), HAS (RR 1,16 IC 95% 1,03-1,30), angioplastia prévia no último ano (RR 2,54 IC 95% 1,93-3,35), angina estável (RR 1,40 IC 95% 1,15-1,74), angioplastia na emergência (RR 1,86 IC 95% 1,48-2,34) e dois ou mais vasos tratados (RR 1,61 IC 95% 1,46-1,78). Para verificar qual stent seria mais vantajoso em cada situação, foi avaliado o NNT de cada paciente do estudo, variando de 6 a 80, sendo que o limite de 25 seria quando ocorrese um risco de TVR de 10% em pacientes com BMS. Assim, pacientes com risco de TVR com BMS <10 %, teria um NNT >25, não sendo vantajoso o uso de DES nesses casos. Já em pacientes com risco de TVR com BMS > 10%, haveria um NNT< 25, sendo vantajoso o uso de DES. Tal risco pode ser calculado usando o site www.massdac.org/riskcalc_revasc.

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