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Mostrando postagens de 2012

Avaliação Pré - Operatória - O que fazer?

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—   Solicitado risco cirúrgico para transplante hepático num paciente, masculino, 61 anos, sabidamente  coronariopata , relato de infarto em 2005 com angioplastia coronariana primária.  Diabético tipo 2, dislipidemia com uso regular de aas,  atenolol , estatina e hipoglicemiante.  D iagnóstico de doença crônica parenquimatosa do fígado de etiologia não esclarecida com internamentos recorrentes por encefalopatia hepática.           Assintomático do ponto de vista cardiovascular — Antecedentes:   — Diabetes, dislipidemia,  — IAM 2005,   — Ex - tabagista abstêmio há 7 anos e doença crônica parenquimatosa do fígado  etiologia não sabida, variz de esôfago e gastropatia hipertensiva porta,  sem relato de hemorragia digestiva alta. Laboratório:  Hb 11,9 - plaqueta 65 mil - função renal normal - LDL 177 - CT - 272 - HDL 68;   Excelentes comentários. Não sou expert em estudos, mas não acredito que haja algum com este perfil de pacientes. Mas o   que dizem os guideline
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Estudo também discutido em sessões fora o WARCEF: estudo publicado no New England, em maio de 2012, no qual os autores concluem que: “ entre pacientes com FE reduzida que estão em ritmo sinusal, não houve diferença significativa, no desfecho primário, entre tratamento com varfarina e aspirina”. O trabalho propôs-se à avaliar eficácia e  segurança da varfarina quando comparada à aspirina para a prevenção de eventos embólicos em pacientes com IC e ritmo sinusal. Estudo duplo cego, randomizado, multicêntrico que comparou o uso de aas na dose de  325mg/d x varfarina, com meta de RNI 2,0 a 3,5 , com um tempo médio de seguimento de 3,5 anos num total de 2305 pacientes.  Foram incluídos: pacientes maiores de 18 anos, em ritmo sinusal com FE<35%, em qualquer NYHA, tendo a classe I um máximo de 20% e  escala de Rankin modificado <4. Excluídos aqueles com indicação formal para uso de aas ou varfarina à exemplo de: FA; Válvula Mecânica; Endocardite; Trombo móvel intra-cardíaco. Das
ROMICAT II Na sessão do dia 13/08, foi discutido o estudo Coronary CT Angiography versus Standard Evaluation in Acute Chest Pain (ROMICAT II), publicado em julho de 2012, na New England Journal of Medicine, com intuito de avaliar a angio TC de coronária como método diagnóstico na suspeita de SCA, capaz de ser usado na unidade de emergência; a fim de programar alta mais precoce do paciente. O estudo foi randomizado, aberto e com total de 1000 pacientes na proporção 1:1 entre os grupos da angio TC de coronária e o tratamento padrão realizado na emergência. Foram inclusos pacientes entre 40 e 74 anos, em ritmo sinusal e com dor torácica com pelo menos 5 minutos de duração.Os pacientes tinham um perfil de baixo a intermediário risco cardiovascular,   com ECG normal   e troponina negativa. No presente estudo ficou instituído como end point primário o tempo de internamento do paciente, sendo que o grupo da angio TC mostrou-se estatisticamente significante (p<0.001) com o tempo médi
PLATO Na   sessão de artigo do dia  09/07/12, foi apresentado   o estudo Plato, publicado na New England Journal   of Medicine, realizado entre setembro de 2006 a julho 2008. O Plato foi realizado   com   um número de 18624 pacientes divididos em 02 grupos para tratamento de SCA com estratégia invasiva(cineangiocoronariografia). Os grupos foram alocados para tratamento com clopidogrel, dose de ataque 300- 600mg, e ticagrelor de 180mg. Foi amplamente discutido a importância do estudo e foram abordadas algumas questões   dentre as quais a redução do risco relativo   em 19%. O end point primário foi morte cardiovascular, AVC e IAM. Considerado como   magnitude moderada o estudo com   NNT de 52. Uma outra questão abordada durante a discussão foi  o sangramento   que apesar de maior no grupo ticagrelor,não houve diferença estatística significante entre os grupos,além do ticagrelor ser suspenso com maior segurança nos pacientes submetidos a cirurgia cardíaca . Em relação a aplicabilidade

ESTUDO ISIS - 2

Na última sessão, discutiu-se o clássico estudo ISSIS -2, publicado na Lancet em agosto de  1988, cujo objetivo fora o de avaliar os efeitos combinados e separados da estreptoquinase (SK), numa infusão de 1 UM  durante 60 minutos e aas 160mg, por 5 semanas em pacientes com suspeita de IAM. O presente estudo fora desenhado através da randomização de 4 grupos : SK versus AAS versus SK + AAS versus placebo. Foram analisados um total de 17187 pacientes, cujo critério de elegibilidade seria ter até 24h do inicio da apresentação dos sintomas. As reduções na mortalidade vascular e em todas as causas de mortalidade, que tenham sido demonstradas para SK e para administração oral de AAS, são ambos bem definidos e os benefícios pareceram ser em grande parte, independentes uns dos outros. Embora, os efeitos pareçam maior entre os pacientes tratados mais rapidamente, fibrinolise parece produzir algum benefício, mesmo entre aqueles tratados até 24 horas do início da dor. Da análise estatística

Ritmo de Marca-passo - Ricardo Sobral

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Senhora de 84 anos admitida no PS por sepse de provável foco abdominal. Desidratada com K=6,3. Sem queixas cardiovascular. Feito ECG por bradicardia ao monitor. Existe falha no marcapasso? Qual? Mateus Viana Hemodinamicista não sabe ver ECG...  Mas vou arriscar.  Vejo um ritmo de marcapasso bicameral, modo DDD, com FC magnética de 84 ppm (possivelmente, para este aparelho, a bateria está OK. Teríamos que ver as especificações).    No primeiro ECG há um ritmo de escape aparentemente juncional da paciente com FC de 66 bpm, porém, como esta apresenta hipercalemia, temos que pensar em "achatamento" das ondas P devido a este distúrbio eletrolítico, um provável início de ritmo sinoventricular... Nestes casos, a condução do estímulo atrial seria feita pelo feixe de Bachmann (hipótese, acho que nunca foi provada), que possui fibras mais resistentes a hipercalemia. Isto poderia explicar o eventual mau funcionamento do aparelho. Haveria uma falha de "sense"

LIFENOX

Na última sessão de discussão de artigo, do dia 22/01/12, foi analisado o estudo LIFENOX, publicado na NEJM em dezembro de 2011 ( www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1012452 ), cujo objetivo foi a avaliar a mortalidade em pacientes críticos agudamente em uso de heparina de baixo peso molecular. Para isso, os autores utilizaram de um estudo duplo-cego, randomizado e multicêntrico, num total de 196 centros, sendo a maioria na Ásia, especialmente na Índia e na China. Foi feita a comparação entre dois grupos, um do qual usava meias elásticas compressivas associado a enoxaparina e o outro grupo usaria meias elásticas compressivas associado a placebo por 6 a 14 dias. Como critério de inclusão, os pacientes teriam que ter mais de 40 anos, pelo menos 48 horas de internamento e um dos seguintes critérios: ICC agudamente descompensanda, câncer (desde que não internassem para quimioterapia eletiva), infecção ativa (em paciente com DPOC, obesos, passado de TVP ou maior do que 60 anos de idade), i

Garoto de 16 anos, com dor torácica típica para Infarto e Supradesnível do Segmento ST

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Reprodução da Discussão Informal de Caso Clínico André Durães Esta madrugada 0h chegou um CASO super interessante!!! Garoto 16 anos, previamente HÍGIDO, procurou hospital com dor RETROESTERNAL de forte intensidade em aperto + vômitos (02 episódios) iniciada mais intensamente às 19h. ECG com BRD + SUPRA ST 2 mm em D1 e aVL  / supra ST V3r e V4r / INFRA ST INFERIOR e discreto supra st lateral Fiz isordil SL com melhora completa da dor. 0:10 acionei a hemodinâmica por ter considerado como IAM com SUPRA. O CAT foi NORMAL (sem obstruções) . Fiz na emergência ainda AAS 200 mg / Brilinta 2 comp. Pela manhã Moises fez ECOTT e evidenciou alteração SEGMENTAR (acho que inferolateral). Há suspeita de M iocardite, mas na minha opnião foi IAM por vasoespasmo. Gostaria de compartilhar e ouvir a opinião de todos, pois é um caso bastante atípico e interessante. 1ª Tropo AS: 2600   e MB 178 (por volta disto). Realm