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Mostrando postagens de novembro, 2013

Relato de Caso: Dor precordial típica em paciente de 47 anos.

C.L.S. Paciente feminina, 47 anos, hipertensa, natural e procedente de Brasília. Relata que em 19/06/12, por volta das 11 horas, após ter passado por um momento importante de estresse (recebera notícia do sequestro de sua filha), começou a cursar com dor precordial, de forte intensidade, constrictiva e com duração de aproximadamente 02 horas, sendo levada para atendimento em Clínica Privada, na cidade de Luis Eduardo Magalhães; admitida ainda mantendo sintomatologia, de menor intensidade. Realizado Eletrocardiograma (descrição de prontuário da referida Clínica e do Hospital a qual foi transferida posteriormente em Brasília), que evidenciava supradesnivelamento do segmento ST, em parede ântero-lateral e inferior.   Foi medicada com AAS, Clopidogrel, Atenolol, Atorvastatina, Nitrato EV, Morfina e Clexane. Laboratório de 20/06/12, evidenciava elevação dos marcadores de necrose miocárdica: Troponina 1,29- 0,97 (valor de referência < 0,05) e CKMb massa 21,7- 7,1 (valor de refer

Relato de Caso: Miocardiopatia Chagásica terminal.

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A.N.B.N. 31 anos, feminina, natural de Irecê e procedente de Luis Eduardo Magalhães. Portadora de Miocardiopatia Chagásica, forma arrítmica e dilatada, tendo dado entrada em Clínica Particular na Cidade de Luis Eduardo Magalhães em 05/07/13, com quadro de Insuficiência Cardíaca Descompensada perfil frio e seco, hipotensa (70x50 mmHg), com palidez cutânea acentuada, descorada ++/4, presença de cianose labial, pele fria e pegajosa, taquipneica (41 ipm) com frequência cardíaca de 62 bpm em ritmo de Marcapasso modo DDD implantado em 29/02/12; bulhas hipofonéticas, presença de terceira bulha cardíaca (B3), com sopro sistólico grau III/VI em foco mitral; presença importante de estase de jugulares, hepatomegalia e em anasarca, sem congesto pulmonar. Foi iniciada Dopamina 6-8 micg/Kg/min e Furosemida EV em baixa dose, com melhora parcial do quadro. Solicitado transferência. Hb 10,5; Ureia 60; Creatinina 1,46; Sódio 140; Potássio 4,8. RNI de 2,02 sem anticoagulante, com TGO e

BRUISE CONTROL - NEJM Maio 2013

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N Engl J Med 2013; 368: 2084-2093 Milhares de paciente necessitam anualmente de implante de dispositivos de Marcapasso ou CDI, e muitos destes,  estão em uso de anticoagulação oral com Varfarina;  que por motivos inerentes à própria patologia que requereu a anticoagulação (ex. Prótese valvar mecânica, TEP), a suspensão desta torna-se de alto risco para eventos tromboembólicos. O que fazer nestes casos para reduzir o risco de complicações hemorrágicas durante e após o implante de tais dispositivos? Lugar comum é a utilização da Heparina como uma ponte de anticoagulação, entre a suspensão de Varfarina e a reintrodução da mesma após o procedimento. Digo lugar comum porque é um daqueles conhecimentos que fazemos e não nos damos conta de por que e de onde veio. Será mesmo que suspender Varfarina e manter o paciente em anticoagulação com Heparina no Peri -procedimento reduz sangramentos/hematomas em local de implante de Marcapasso/CDI? É justamente essa pergunta que o ensaio