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Mostrando postagens de março, 2017

Síndrome vasoplégica após cirurgia cardíaca : vasopressina X norepinefrina - O que há de “novo” no manejo dos pacientes?.

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A nesthesiology 2017; 126:85-93  Sabe-se que a síndrome vasoplégica é uma frequente e grave complicação ocorrida em pacientes que são submetidos à cirurgia cardíaca. Até hoje, apenas pequenos estudos e com baixo poder metodológico, estão disponíveis sobre o tratamento desses doentes. O artigo intitulado como “Vasopressin versus Norepinephrine in Patients with Vasoplegic Shock after Cardiac Surgery: The VANCS Randomized Controlled Trial”, desenvolvido   no Instituto do coração da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,  e publicado em janeiro de 2017 na Anestesiology, propôs-se  a comprovar a superioridade da vasopressina em relação a norepinefrina nos pacientes que desenvolveram choque vasoplégico, após 48 h da cirurgia cardíaca. Os autores sugeriram em tal estudo, que o uso da vasopressina estaria associado a uma menor taxa de mortalidade e a redução de complicações graves como : AVC, LRA, infecção do externo, reoperação e tempo de ventilação mecânica.

MINOCA: O curioso infarto sem obstrução

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     Cada vez mais nos deparamos com aquele paciente com dor torácica, com alteração dinâmica no ECG, curva de marcadores de necrose miocárdica e quando o levamos para a angiografia, não encontramos lesões obstrutivas. E agora, qual o diagnóstico?      Para essas situações, vem crescendo o conceito de MINOCA, o termo em inglês para Infarto do Miocárdio com Artérias Coronárias Não Obstrutivas, referente às lesões menores que 50% na angiografia. E para o seu mecanismo, há várias teorias, desde desobstrução da placa, tromboembolismo, espasmo, miocardite clinicamente imperceptível, desajuste entre oferta e demanda, até miocardiopatia de Takotsubo. E para esta nova entidade, o seu tratamento é baseado em extrapolações. Daí surgiu um grande estudo observacional a fim de apontar para possíveis opções terapêuticas, o Medical Therapy for Secondary Prevention and Long-Term Outcome in Patients with Myocardial Infarction with Non-Obstructive Coronary Artery (MINOCA) Disease, pub

Série FA: Tratamento da FA - O que os estudos atuais nos dizem? Será que é tão simples assim?

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Encerrando a série Fibrilação Atrial, analisamos uma revisão sistemática publicada em junho de 2014 na revista  Annals of Internal Medicine que aborda o controle de ritmo versus controle de frequência ventricular através das diversas modalidades terapêuticas, incluindo terapia farmacológica e invasiva. O artigo, intitulado Rate- and Rhythm-Control Therapies in Patients With Atrial Fibrillation - A Systematic Review, analisou cerca de 200 trabalhos publicados entre 2000 e 2013, envolvendo  cerca de 28.800 pacientes no total. A proposta do estudo era de analisar sistematicamente e através de metanálise, quando cabível, a segurança e efetividade das estratégias de controle de ritmo e de frequência no tratamento da FA.  Comparou  os diferentes medicamentos entre si; controle de FC mais rigoroso versus mais tolerante; terapias nãos farmacológicas versus terapia farmacológica para controle de FC. Avaliou ainda a restauração do ritmo sinusal através de cardioversão elétrica versus ca