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Mostrando postagens de maio, 2017

LEVO-CTS: é melhor prevenir do que remediar?

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Qual a possibilidade de uma droga que “aumente a força” de contração cardíaca evitar síndrome de baixo débito, em pacientes com disfunção sistólica grave, encaminhados para cirurgia cardíaca? A princípio poderíamos considerar isso algo óbvio, afinal nada mais intuitivo do que essa associação, entretanto, falando em ciência, apenas isso não é suficiente, portanto as ideias devem ser devidamente testadas. E justamente isso foi avaliado no LEVO-CTS: a eficácia e segurança do Levosimendan para evitar síndrome de baixo débito em pacientes de alto risco encaminhados para cirurgia. Trata-se de um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego, com pacientes com fração de ejeção ≤ 35% com indicação de cirurgia cardíaca e uso de circulação extracorpórea. As cirurgias contempladas foram: revascularização do miocárdio (CABG), CABG com intervenção na valva aórtica, cirurgia na valva mitral ou qualquer combinação desses procedimentos. Vale ressaltar que no protocolo a medicação / placebo eram

SURTAVI: Troca de Válvula Aórtica por Cateter em pacientes de risco cirúrgico intermediário

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         A indicação de tratamento cirúrgico de Estenose Aórtica (EAo) importante em pacientes sintomáticos é inquestionável. Entretanto, há duas formas de fazê-lo. Por cirurgia aberta e Transcateter (TARV). Classicamente, reservamos a indicação de TARV para pacientes de risco cirúrgico elevado. Seguindo o racional de que podemos extrapolar a estimativa de benefício para pacientes de risco cirúrgico intermediário, foi publicado em Maio de 2016 o estudo PARTNER 2, que mostrou não inferioridade de TARV frente ao tratamento cirúrgico convencional.        Com objetivo muito semelhante, o estudo SURTAVI (Surgical Replacement and Transcatheter Aortic Valve Implantation), publicado em Março de 2017, também no NEJM, comparou essas duas opções terapêuticas para pacientes com EAo importante, sintomáticos, de risco cirúrgico intermediário. O resultado foi o mesmo: TARV é não inferior . Então porque publicar um estudo praticamente igual? O que a conclusão do SURTAVI nos acrescenta? Para resp

Rivaroxabana x Aspirina: mais do mesmo?

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Rivaroxabana x Aspirina: mais do mesmo? O tromboembolismo venoso (TEV) está entre as principais causas de morte por doenças cardiovasculares no mundo, atrás apenas do infarto agudo do miocárdio e do acidente vascular cerebral. Ele possui espectro de apresentação que vai desde a trombose venosa profunda até o tromboembolismo pulmonar agudo, de acordo com a gravidade crescente de acometimento, sendo seu tratamento baseado na anticoagulação plena dos pacientes por 3 meses ou mais, dependendo do equilíbrio entre o risco de tromboembolismo venoso recorrente e o risco de sangramento. Embora a anticoagulação prolongada seja eficaz para a prevenção de TEV, o risco de sangramento frequentemente leva a uma resistência em continuar o anticoagulante para além de 6 a 12 meses. Tentativas para reduzir o risco de hemorragia quando o tratamento é prolongado incluem o uso de anticoagulantes de dose terapêutica mais baixa ou o uso de aspirina no local de um agente anticoagulante.