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Mostrando postagens de setembro, 2011

PRIDE STUDY

Na sessão de artigo da UCI do dia 26/09/11 foi discutido o estudo PRIDE ( www.ajconline.org/article/S0002-9149(05)00115-3/abstract ). Maior trial prospectivo com o objetivo de estabelecer definitivametne o papel do NT-proBNP no diagnóstico de insuficiência cardíaca congestiva (ICC)em pacientes que se apresentam com dispnéia no departamento de emergência. Foram excluidos do estudo, pacientes com insuficiência renal grave (creatinina > 2,5mg/dl). O trial demonstrou que os pontos de corte no nível do NT-proBNP de maior sensibilidade e especificidade para o dagnóstico de ICC aguda foram de 450 pg/ml para os pacientes < 50 anos e 900 pg/ml para os pacientes >50 anos. O ponto de corte para exclusão do diagnóstico de ICC aguda foi de 300pg/ml. Dentre os preditores independentes para ICC aguda, o nível do NT-proBNP foi o de maior valor (OR:44,0), seguido pelo edema intersticial ao raio X de tórax (OR 11,0) e ortopnéia (OR:9,6). O desfecho primário do estudo (nível do NT-proBNP x julga

CRM e Tienopiridinas

Paciente, 76 anos, masculino, previamente hígido, foi admitido agitado, com dor precordial típica (10/10), associada a dispnéia, dessaturação e sudorese, sem alterações isquêmicas iniciais no ECG. Imediatamente iniciado medidas para EAP sem sinais de choque cardiogênico e medidas pra SCA (inclusive clopidrogrel), sendo encaminhado a cinengiocoronariografia de urgência que evidenciou lesão grave de TCE, CX ocluída com colateral da DA, além de lesões em coronária direita. O paciente foi encaminhado a unidade cardiovascular em uso de BIA e assintomático. No dia seguinte, o paciente foi encaminhado a CRM (MIE-DA, SF-CD, SF-Mg) com tempo de CEC de 70 minutos e relato de sangramento no intra operatório com necessidade do uso de hemoderivados (03 CH, 02 plaquetas, 06 crio, ácido trannexâmico, complexo protrombínico e DDAVP). Evoluiu com queda dos índices hematimétricos e nova necessidade de hemotransfusão, recebendo alta hospitalar após 08 dias da admissão com disfunção sistólica impo

APPRAISE-2

Na última sessão de discussão de artigo foi avaliado o APPRAISE TRIAL ( www.nejm.org/doi/full10.1056/NEJM1105819 ). Trata-se de uma comparação do uso de apixaban (inibidor do fator Xa) com placebo em pacientes com síndrome coronariana em associação com uso de antiagregação plaquetária), com objetivo de avaliar o desfecho de eficácia (morte de causa cardiovascular, IAM e AVCI, além de verificar segurança (sangramento maior - critério TIMI). O estudo originalmente pretendia atingir um n de 10.800, no entanto foi truncado quando chegou a cerca de 7000 pacientes devido ao excesso de sangramento maior com o apixaban (HR 2,59, IC 95% 1,50-4,46, p=0,001). Em relação ao desfecho primário de eficácia, não houve diferença estastística entre o fármaco e placebo (HR 0,95, IC95% 0,80-1,11, p=0,51). Assim, conclui-se que a droga estudada (apixaban) não é benéfica em pacientes com síndrome coronariana aguda em uso de antiplaquetários. Pelo contrário, mostrou-se maléfica, com aumento de sangr

ARISTOTLE

Na sessão de artigo realizada na UCI no dia 12/09, pelo programa de residência médica de cardiologia do HSR, foi discutido o ARISTOTLE TRIAL ( www.nejm.org/doi/full10.1056/NEJMoa1107039 ). Trata-se de uma comparação entro o apixaban e a varfarina em pacientes com fibrilação atrial. TEm como objetivo comprara as duas drogas em relação a risco de AVC (isquêmico ou hemorrágico) e embolia sistêmica, além de comparar a segurança (sangramentos maiores) entre os fármacos. Em primeiro lugara a hipótese de não inferior foi confirmada, seguida pela demonstração de superioridade (HR 0,70, IC 95% 0,66-0,95, P<0,001 para não-inferioridade e p=0,01 para superioridade). Quanto a segurança, o apixaban apresenta menor incidência de sangramento maior do que a varfarina (HR 0,69; IC 95% 0,60-0,80, p<0,01).

IAM com supra de ST

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Paciente, sexo masculino, 61 anos, tabagista importante e dislipidêmico admitido com angina típica (7/10), palidez e sudorese fria, sendo realizado ECG que evidenciou supra de ST em parede inferior. Foram iniciadas medidas para SCA e encaminhado ao serviço de hemodinâmica. O CATE demonstrou CX com estenose segmentar na porção proximal do grande ramo Mg com obstrução máxima de 75% sugerindo placa estável. Optado por não realizar ICP primária. Houve resolução espontânea do supra desnível do segmento ST após o CATE. Na investigação diagnostica o paciente foi submetido a infusão de contraste em aorta sem sinais de dissecção, AngioTC de tórax que afastou TEP e dissecção aórtica aguda e ecocardiograma normal com FE: 67,82%. O paciente foi encaminhado a unidade coronariana com persistência do quadro álgico, mesmo em uso de nitroglicerina e morfina endovenosos. ECG durante as crises não mostrou alteração isquêmica do segmento ST, porém houve elevação significativa e progressiva dos MNM

DAC estável

Paciente 84 anos, masculino, hipertenso, sem sintomas cardiovasculares mesmo em atividades de grande esforço, praticante de cooper, foi submetido a CMPE que evidenciou FE estimada de 64%, discreta isquemia miocárdica associada a discreta fibrose no segmento apical das paredes anterior e septal, desencadeando a solicitação de cineangiocoronariografia. O CATE eletivo demonstrou TCE trifurcado com calcificação importante e estenose de 75 a 90% envolvendo bifurcação; DA com estenose de 90% proximal, 50% médio e 75% distal; CX com estenose de 90% ostial e 1° Mg de moderada importância com lesão proximal suboclusiva; CD com estenose de 75% em 1/3 médio. Visto que se mantinha assintomático com DAC estável, recebeu alta hospitalar para decisão terapêutica do médico assistente. No 3° dia pós CATE, apresentou dispnéia fugaz que melhorou com uso de metoprolol , febre (39°C), dor abdominal, urina com odor pútrido, calafrios e mal estar, sendo admitido em unidade fechada com diagnóstico de I