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Mostrando postagens de outubro, 2016

NORSTENT trial: Contra fatos não há argumentos

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http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1607991 "Stents metálicos (BMS) estenosam mais. Stents farmcológicos (DES) trombosam mais". A já conhecida disputa por espaço no campo da cardiologia intervencionista, pendente para o lado dos stents eluidos, ganhou em ago/2016 mais um embate equilibrado, dessa vez travada nos centros de hemodinâmica da Noruega. O objetivo era rediscutir um dado já bem conhecido na literatura médica: há diferença de morte/IAM entre pacientes tratados com stents farmacológicos e metálicos?          O cenário para responder esse eco científico foi o território norueguês e todos os seus incríveis 8 centros de hemodinâmica, que cobrem uma população pouco superior a 5 milhões de habitantes. Foram incluídos pacientes que fizeram CATE por DAC estável ou SCA com lesões obstrutivas e que não tivessem stents prévios - pouco mais de 9000.              O desenho do trial teve a falha de ser aberto - clínicos, hemodinamicistas e pacientes estav

Estudo SYNTAX: Tratamento de lesões coronarianas trivasculares ou em tronco de coronária esquerda - Cirurgia ou angioplastia com Stent Farmacológico?

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http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa0804626#t=article Os resultados do estudo SYNTAX foram apresentados ao mundo pela primeira vez no Congresso da Sociedade Européia de Cardiologia de 2008 em Munique e posteriormente, em março de 2009, publicado no NEJM.  Multicêntrico e randomizado, patrocinado pela Boston Scientific – fabricante do stent eluído Taxus – o SYNTAX avaliou ao longo de 12 meses se a angioplastia de lesões de tronco ou lesões trivasculares seria, ao menos, não inferior à revascularização cirúrgica. O desfecho primário foi o composto de eventos cardíacos maiores ou eventos cerebrovasculares (ou seja: morte por qualquer causa, IAM, AVC) e a necessidade de repetir a revascularização foi um desfecho secundário.  A revascularização coronariana cirúrgica (CABG) tornou-se o tratamento padrão para a DAC grave sintomática desde 1968, quando surgiu como alternativa ao tratamento clínico. Quase uma década após seu início e paralelo ao aperfeiçoamento das técn
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EVEREST II: Os 5 anos de  MitraClip  e a sua grande  pretens ão  de ser superior   O tratamento percutâneo   para  o grupo das valvulopatias   cada vez mais vem ganhando destaque ,  especialmente ,   n a insuficiência mitral e  n a estenose aórtica.   Como o tratamento medicamen toso não muda o curso natural dessas  doença s,  cabe a  terapia cirúrgica   tentar  melhorar  o seu prognóstico.  Por exemplo, na  insuficiência mitral sintomática   tratada clinicamente apenas ,  a mortalidade gira em torno de 5% ao ano, podendo nas classes fun cionais mais avançadas chega r  a  12%  ao  ano .   Desde dos anos 2000, o terapia percutânea vem se desenvolvendo, e o  primeiro  grande estudo comparando tratamento percutâneo  à   cirurgia  card íaca  ( plastia  ou troca valvar -  padrão ouro)  foi  o Everest  II   trial ,  em 2011 , publicado  na NEJM. Veio  com a proposta  de  demostrar  m aior  eficácia e segurança  d o reparo valvar  mitral percutâneo  ( Mitraclip )   quand