Courage
Optimal Medical Therapy with or without PCI for Stable
Coronary Disease
Estudo publicado em meados de 2007 em um cenário, ainda não tão claro no manejo inicial de pacientes com Doença Arterial Coronariana estável. O que fazer? Submeter todos a intervenção coronariana percutânea (PCI) ou otimizá-los com terapia medicamentosa?.
Surge neste contexto o ensaio clínico denominado COURAGE, randomizado, aberto, no qual reuniu 2287 pacientes com perfil de doença mais grave (aumenta a incidência dos desfechos primários), de 50 centros canadenses e norte-americanos comparando uso de PCI associado à terapia medicamentosa otimizada com terapia medicamentosa apenas, em pacientes com DAC estável e anatomia coronariana conhecida através de Cineangiocoronariografia (CATE). Realizado seguimento médio de 4,8 anos, avaliando desfechos primários robustos como o composto de morte por qualquer causa e IAM não fatal com poder de 85% em demonstrar uma diferença de 5% entre os grupos.
A randomização mostrou-se bem pareada com boa representatividade das populações, chamando atenção a grande proporção de homens brancos representados, o que não parece um fator de confusão, visto a ocorrência de modo proporcional entre os grupos. Diferente do que se poderia esperar, PCI associado à terapia medicamentosa otimizada não reduz desfecho primário (composto de morte por qualquer causa e IAM não fatal) quando comparado ao grupo no qual usava terapia medicamentosa otimizada apenas, bem como a analise individual dos desfechos primários não demonstra diferença entre os mesmos. Surpreende ainda mais quando analisamos o desfecho angina, no qual, após 2 anos de seguimento, a prevalência de pacientes livres de angina encontra-se similar entre os grupos (74% para o grupo PCI e 72% para o grupo terapia medicamentosa apenas) com beneficio na redução do sintoma estendido até os 5 anos de seguimento.
Dessa maneira, tais achados reforçam que a abordagem inicial de pacientes com DAC estável – tendo como preceito o conhecimento da anatomia coronariana através de CATE com exclusão de lesões complexas, doença tri arterial grave e acometimento de TCE – pode ser realizada de forma segura com terapia medicamentosa otimizada.
Só precisa-se de Couragem para seguir o Courage.
ResponderExcluirQuando dá certo ( ausencia de evento ) otimo
ResponderExcluir, mas quando não , sempre tem um intervencionista a criticar a não abordagem prévia da mesma, ainda mais se for em serviço diferente
Interessantíssimo estudo.
ResponderExcluir