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Mostrando postagens de maio, 2016
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DAPT Score -   uma  tentativa de graduar e padronizar a incerteza                            JAMA . doi: 10.1001/jama.2016.3775. Published online March 29, 2016. Após resultados de diversos estudos em síndrome Coronariana Aguda (SCA), a dupla antiagregação plaquetária (DAPT) tornou-se pilar fundamental no manejo clínico desses pacientes, principalmente naqueles submetidos à intervenção coronariana percutânea (ICP). Seja no Guideline Europeu, Americano ou Brasileiro é recomendação classe I com nível de evidência “A” o uso da dupla-antiagregação plaquetária até um ano após o evento. Entretanto, naqueles pacientes que ao longo do primeiro ano não tiveram nenhum evento isquêmico ou hemorrágico e fizeram uso regular da DAPT, existe a dúvida do benefício da continuação da mesma [apesar da publicação prévia do PEGASUS TIMI 58 (NNT próximo ao NNH)]. Ao mesmo tempo em que é plausível pensar que a continuação da mesma agregaria benefício em redução de evento isquêmico ao pacient

Estudo ATMOSPHERE – Alisquireno X Enalapril no tratamento da Insuficiência cardíaca: Uma associação segura? Uma substituição adequada?

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http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1514859 Em abril de 2016 foi publicado no NEJM o ATMOSPHERE ( “Aliskiren Trial to Minimize Outcomes in Patients with Heart Failure )”, estudo duplo-cego, multicêntrico, randomizado, iniciado em 2009, que teve como objetivos comparar a superioridade ou a não-inferioridade do Alisquireno em relação ao Enalapril e a superioridade da associação Alisquireno-Enalapril em comparação à monoterapia com Enalapril nos portadores de insuficiência cardíaca crônica. Desde que o benefício dos inibidores da ECA no tratamento da insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida foi bem estabelecido,  alternativas no bloqueio do sistema renina-angiotensina têm sido buscadas para pacientes que não toleram estas drogas, ou ainda, como forma de potencializar seus efeitos. Os primeiros substitutos eficazes foram os Bloqueadores dos Receptores de Angiotensina, com benefícios já bem comprovados nos portadores de insuficiência cardíaca crônica. Seria

CESAR trial: a linha torta entre azáfama e ludíbrio

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http://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(09)61069-2/abstract                Num artigo que pareceu escrito aos trancos e barrancos, os pesquisadores do estudo CESAR se propuseram à audaciosa tarefa de comprovar a eficácia, custo efetividade e custo utilidade de uma terapia digna tanto de respaldo quanto de polêmica. A membrana extracorpórea de oxigenação (ECMO), concebida na década de 50 por dr John Gibbons e cols como uma terapia de suporte para paciente com disfunções cardiopulmonares graves, nunca foi devidamente testada e sua aplicabilidade no meio hospitalar sempre foi restrita.                 O CESAR publicado em 2009 considerou um protocolo randomizado, aberto, multicêntrico e pragmático tendo como variáveis preditoras a ECMO x terapia convencional, numa população com síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA).                 O cálculo de tamanho amostral, para um poder de 80% para detecção de RRR em 25% com alfa de 5%, surpreende p