Série DAC - estudo TIMACS: Quanto mais rápido melhor? www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa0807986 Estudos randomizados prévios mostraram o benefício da estratégia invasiva nos pacientes vítimas de SCA sem supra de ST de alto risco. No cenário de IAM com supra de ST existe o consenso de se realizar CATE precoce e instituir o tratamento necessário prontamente, pois geralmente a artéria culpada está ocluída, levando a uma isquemia transmural. Entretanto, no IAM sem supra de ST o tempo ideal para realização do CATE é controverso, sendo o tempo médio de sua realização, nos estudos prévios, muito variável. O estudo TIMACS (Timing of Intervention in Patients With Acute Coronary Syndromes) foi um estudo randomizado, grupo paralelo, multicêntrico com adjudicações cegadas de desfechos que teve como objetivo avaliar se uma estratégia invasiva precoce seria superior à estratégia tardia. Foram randomizados 3031 pacientes, dos quais os 1638 iniciais foram derivados da coorte
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Mostrando postagens de agosto, 2016
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Tirofiban: de grande coadjuvante a figurante. Numa época em que ainda se classificava a síndrome coronariana aguda entre sem onda Q e com onda Q (antecessor do sem supra ST e com supra ST), surgia mais uma classe de drogas para se associar ao até então tratamento padrão (AAS + Heparina não fracionada em dose plena). Há mais ou menos 20 anos surgiam os inibidores do receptor da glicoproteína 2b/3a, um novo arsenal para agir diretamente na agregação plaquetária, mecanismo fisiopatológico importante na SCA, ainda mais que a intervenção percutânea era apenas o balonamento da placa o que levava à formação de muitos trombos como complicação da angioplastia. Após estudos menores demostrarem benefício do Tirofiban, o PRISM-PLUS publicado em 1998, no New England, veio com a proposta de embalar essa droga no novo mercado dos inibidores da glicoproteína 2b/3a. Com uma população de 1915 pacientes admitidos com angina associada a alteração isquêmica no ECG ou elevação de CK e s
Shakespeare e ABC-Stroke Score na FA: ser ou não ser (anticoagulado)?
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http://eurheartj.oxfordjournals.org/content/early/2016/02/25/eurheartj.ehw054 Apesar do risco conhecido de AVCi nos pacientes com FA, optar por anticoagular tais pacientes nem sempre é simples; e optar por não anticoagular é ainda mais complicado. Na tentativa de simplificar uma decisão tão importante, scores vem sendo densenvolvidos desde o final dos anos 80 com o propóstico de identificar quem são os pacientes que realmente se beneficiariam de uma terapia de eficácia comprovada mas com um ônus também considerável. Passados quase 30 anos desta empreitada, essa resposta ainda parece distante. A edição de fev/2016 da European Heart Journal mais uma nova esperança: o ABC-stroke score que, assim como seus antecessores, tinha uma proposta bem objetiva: facilitar a decisão de iniciar (ou não) uma terapia profilática para AVCi em pacientes com FA. Só que melhor. A inovação ficaria por conta das variáveis empregadas no novo score, que pela primeira vez considerou biomarc
SÉRIE DAC: Estudo VANQWISH - Ser invasivo ou ser conservador: faz mesmo diferença? ( Ou: a saga dos copos "indecisos")
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http://www.nejm.org/doi/pdf/10.1056/nejm199806183382501 Um pouco antes da publicação do RITA 3 em 2002, tema da nossa postagem anterior, um outro trial se propôs a comparar o impacto da estratégia invasiva versus a estratégia conservadora na abordagem do IAM sem onda Q (nomenclatura adotada na época para o que hoje denominamos IAM sem supra de ST). O estudo VANQWISH foi iniciado em 1993, período que antecedeu a liberação dos stents metálicos para o tratamento da doença coronariana e também o advento dos inibidores da GP IIb/IIIa (Tirofiban). Finalizado em 1996 e publicado no NEJM em 1998, sua conclusão final foi de que a abordagem conservadora não somente é uma opção segura para os pacientes com IAM sem onda Q; mas além disso, a maioria destes pacientes não se beneficiariam da abordagem invasiva precoce de rotina. Mas será mesmo esta a verdadeira conclusão por trás dos números? Ou estaríamos diante de mais um "copo indeciso", como foi o RITA 3? E se a conclusão do
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SÉRIE DAC: Estudo RITA 3 e o dilema do copo meio vazio ou meio cheio da SCA sem supra Na década de 90 e início dos anos 2000, muita controvérsia se tinha a respeito da melhor conduta a ser tomada frente a um caso de síndrome coronariana aguda sem supra do segmento ST, de um lado haviam argumentos para uma conduta medicamentosa a princípio, e cateterismo cardíaco apenas se houvesse angina recorrente, ou após algum teste não invasivo evidenciando isquemia; e do outro lado, argumentos para cateterismo precoce e daí ser tomada a decisão: se angioplastia, revascularização cirúrgica, ou até mesmo, manter conduta conservadora. Nesse cenário, surgiu no The Lancet no ano de 2002, o RITA 3, um trial que comparou essas duas estratégias de tratamento. Foram recrutados 1810 pacientes admitidos em unidades de emergência com quadro de angina associada a onda Q patológica prévia ou a alteração isquêmica no ECG ou a DAC prévia conhecida. No grupo de CATE precoce (procedimento feito d
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Série DAC: O Estudo TRITON – O dilema do Prasugrel Prasugrel versus Clopidogrel in Patients with Acute Coronary Syndromes N Engl J Med 2007; 357:2001-2015 November 15, 2007 DOI: 10.1056/NEJMoa0706482 O TRITON trial foi um dos 3 grandes estudos no cenário da dupla anti-agregação plaquetária, foi publicado em novembro de 2007 após a publicação do CURE (clopidogrel) a antes do PLATO (ticagrelol) ambos já mencionados em postagens anteriores. A sua metodologia apresentou um desgin curioso. A primeira dose da dose dupla anti-agregação plaquetária foi realizada somente após o conhecimento da anatomia coronariana pelo cateterismo cardíaco. Desta forma poderia evitar a utilização precoce da dupla anti-agregação em pacientes candidatos a revascularização cirúrgica e assim reduzir o tempo de espera para um possível procedimento cirúrgico. Mas com este desgin também surgiu uma dúvida, quem seria o maior beneficiado a ter melhor resultado? O prasugrel (mais potent