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Mostrando postagens de setembro, 2016

CE-MARC II...DEU CHABÚ?

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Effect of Care Guided by Cardiovascular Magnetic Resonance, Myocardial Perfusion Scintigraphy, or NICE Guidelines 
 on Subsequent Unnecessary Angiography Rates . JAMA. 2016;316(10):1051-1060. doi:10.1001/jama.2016.12680. No estudo CE-MARC foi comprovada a boa acurácia da Ressonância Magnética cardíaca como um método para pesquisa de isquemia miocárdica. Como continuação na avaliação de RM, foi publicado no dia 29 de setembro de 2016 o CE-MARC II fazendo uma comparação de RM, cintilografia perfusional miocárdica e terapia guiada por protocolo.   O CE-MARC II foi um ensaio clinico, randomizado, multicêntrico, ocorrido em 6 cidades da Inglaterra, durante período de 23 de novembro de 2012 a 12 de março de 2016. Teve como objetivo testar a hipótese de que, entre os pacientes com suspeita de doença coronariana, a RM seria superior a cintilografia com perfusão miocárdica e o NICE-guideline para o desfecho primário de números de arteriografias desnecessárias dentro de 12 mes
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Estudo SAVE NEJM 2016:  www. nejm .org/doi/full/10.1056/ NEJM oa1606599 A síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAHOS) é uma condição comum entre os pacientes com doença cardiovascular, afetando entre 40 e 60% desses pacientes.  Os diferentes graus de hipoxemia e ativação simpática gerada pela mesma contribuem para um aumento da pressão arterial e disfunção endotelial, levando a um aumento do estresse oxidativo, inflamação e hipercoagulação, em modelos teóricos. Além disso, a alta pressão intratorácica negativa aumenta o estresse mecânico no coração e nos grandes vasos. Algumas coortes populacionais mostraram associação entre SAHOS e eventos cardiovasculares, em especial AVC e, alguns estudos mostraram benefício do uso do CPAP nesses pacientes, com redução da PA em indivíduos hipertensos resistentes, melhora da disfunção endotelial, aumento da sensibilidade à insulina, redução de complicações cardiovasculares e morte, em especial a cardiovascular. Parece ser o CPAP uma

POR QUE O DANISH TRIAL NÃO É, ASSIM, UMA “DESCOBERTA DA PÓLVORA”?

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http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1608029#t=article Publicado no NEJM em agosto de 2016 e apresentado recentemente no Congresso Europeu de Cardiologia, o DANISH trial questiona o benefício do uso do cardiodesfibrilador implantável (CDI) como profilaxia primária em portadores de Insuficiência cardíaca grave de origem não isquêmica. Nos portadores de IC de etiologia isquêmica, o benefício do uso do CDI já foi bem estabelecido através de diversos ensaios clínicos , com redução estatisticamente significante tanto de morte súbita cardíaca atribuída a eventos arrítmicos, quanto da mortalidade geral. Entretanto em relação à doença não isquêmica, os estudos até então publicados não mostraram de forma consistente o mesmo benefício do CDI na redução de mortalidade geral. Os três mais importantes estudos que deram suporte aos atuais guidelines que recomendam o uso profilático de CDI neste cenário foram desenvolvidos no final dos anos 90 e início dos anos 2000 e pub