Angioplastia Eletiva e Doença Arterial Coronariana Grave
Paciente do sexo masculino, 61 anos, apresentou, durante exames periódicos do trabalho, teste ergométrico sugestivo para isquemia miocárdica no pico do esforço. Indicado cateterismo cardíaco eletivo pelo seu médico assistente, sendo realizado no HSR, que evidenciou lesão grave de CD com imagem sugestiva de trombo móvel em 1/3 médio-distal, além de lesão de 50-75% em 1/3 médio de DA após emergência de primeiro diagonal. Durante o procedimento apresentou hipotensão e taquicardia, sendo encaminhado a UCI com hemodinamica já estável e com frequência cardíaca controlada. Quando questionado sobre dor torácica, o paciente referia dor precoridal de leve intensidade esporádicas há cerca de dois anos, fugaz sem fatores associados e de resolução espontânea. Optado por programação de implante de stent farmacológico em CD, iniciado anticoagulação plena com foundoparinux.
Dez dias após o internamento, mantendo-se assintomático durante esse período, o paciento foi submetido a angioplastia de CD com dois stens farmacológicos, com dificuldade do procedimento, com TIMI fluxo III ao término, sendo que apresentou hipotensão e taquicardia intra-procedimento, revertido com expansão volêmica. Evoluiu assintomático até sua alta hospitalar.
Questionamentos:
O cateterismo foi bem indicado?
Quando deve-se realizar angioplastia em pacientes com DAC estável? Foi bem indicado?
Discussão
Durante a discussão realizada na sessão do dia 26/10, chegou-se ao consenso que o CATE não deveria ter sido solicitado, pois o paciente era oligossintomático e não possuia sinais de instabilidade coronariana.
Outra discussão interessante, foi em relação ao tipo stent a ser utilizado, onde se pesou o modelo de reestenose publicado na circulation, demonstrado na postagem anterior a esta, chegando a conclusão de que realmente deveria ter sido o stent farmacológico, já que o risco de reestenose em um ano seria de 16%, maior do que o limite de 10%, em que abaixo seria mais vantajoso o uso do stent metálico.
Dez dias após o internamento, mantendo-se assintomático durante esse período, o paciento foi submetido a angioplastia de CD com dois stens farmacológicos, com dificuldade do procedimento, com TIMI fluxo III ao término, sendo que apresentou hipotensão e taquicardia intra-procedimento, revertido com expansão volêmica. Evoluiu assintomático até sua alta hospitalar.
Questionamentos:
O cateterismo foi bem indicado?
Quando deve-se realizar angioplastia em pacientes com DAC estável? Foi bem indicado?
Discussão
Durante a discussão realizada na sessão do dia 26/10, chegou-se ao consenso que o CATE não deveria ter sido solicitado, pois o paciente era oligossintomático e não possuia sinais de instabilidade coronariana.
Outra discussão interessante, foi em relação ao tipo stent a ser utilizado, onde se pesou o modelo de reestenose publicado na circulation, demonstrado na postagem anterior a esta, chegando a conclusão de que realmente deveria ter sido o stent farmacológico, já que o risco de reestenose em um ano seria de 16%, maior do que o limite de 10%, em que abaixo seria mais vantajoso o uso do stent metálico.
Muito boa a discussão.
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