Edema Agudo de Pulmão evoluindo para Parada Cardiorrespiratória por Fibrilação Ventricular

Paciente do sexo feminino, 67 anos, previamente hipertensa e obesa, admitida no HSR encaminhada de outro nosocômio no interior do estado (Alagoinhas-Ba), com relato de EAP hipertensivo a 35h e suspeita de sepse por ITR. Evoluiu com IRpA, sendo submetida a IOT, introduzido noradrenalina e solicitado transferência para o HSR. Antes do transporte, apresentou PCR, sendo reanimada com sucesso, com novo episódio de PCR na chegada a este hospital, em FV por oito minutos, sendo ressucitada com adrenalina e a amiodarona, além de desfibrilação elétrica.
Encaminhada a UCI em VM, em uso de noradrenalina e dobutamina. Optado por realização de CATE de urgência, em que não se evidenciou lesões obstrutivas, porém com acinesia inferobasal e hipocinesia das demais paredes. Seriado marcadores de necrose miocárdica, que foram alterados. Dosado pro-BNP na admissão de 6549, com normalização da mesma dois dias após (132). Gasometria arterial com padrão de alcalose metabólica com retenção de CO2.
No internamento, evolui com melhora hemodinâmica, sendo suspensas drogas vasoativas venosas três dias após a admissão e no dia seguinte extubada com sucesso.

Qual a provável causa da PCR por FV?

O CATE foi bem indicado?

DISCUSSÃO

Na discussão da sessão magna ficou estabelecido que o CATE realmente foi bem indicado, já que a paciente apresentou uma parada cardiorrespiratória sem causas aparentes, devendo ser afastado SCA. No entanto, a causa da PCR ainda não ficou clara, nem a crise hipertensiva da paciente, já que o ecocardiograma não apresenta sinais de doença hipertensiva. Dessa forma ficou-se de afastar outras causas para a crise hipertensiva, como feocromocitoma e crise tireotóxica

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