Estudo também discutido em sessões
fora o WARCEF: estudo publicado no New England, em maio de 2012, no qual os
autores concluem que: “ entre pacientes com FE reduzida que estão em ritmo
sinusal, não houve diferença significativa, no desfecho primário, entre
tratamento com varfarina e aspirina”. O trabalho propôs-se à avaliar eficácia
e segurança da varfarina quando
comparada à aspirina para a prevenção de eventos embólicos em pacientes com IC
e ritmo sinusal.
Estudo duplo cego, randomizado,
multicêntrico que comparou o uso de aas na dose de 325mg/d x varfarina, com meta de RNI 2,0 a 3,5
, com um tempo médio de seguimento de 3,5 anos num total de 2305
pacientes.
Foram
incluídos: pacientes maiores de 18 anos, em ritmo sinusal com FE<35%, em qualquer
NYHA, tendo a classe I um máximo de 20% e
escala de Rankin modificado <4. Excluídos aqueles com indicação formal
para uso de aas ou varfarina à exemplo de: FA; Válvula Mecânica; Endocardite; Trombo
móvel intra-cardíaco.
Das
características da população estudada chama atenção: 80 % de homens, com idade
média de 61 anos, em torno de 50% isquêmicos, FE média de 25%, com CF de NYHA
II e III estando representados em mais de 80%.
A amostra
final de 2305 pacientes rendeu um poder de 69% para testar a hipótese nula
primária e 83% de potência para a hipótese nula secundário.
Da análise
estatística conclui-se que: no que diz respeito ao end point primário composto
por: morte, AVE-I ou hemorragia cerebral, não houve diferença estatística entre
os grupos analisados de uma forma geral. Mas por tratar-se de desfecho composto
no subgrupo do AVE – I, a varfarina mostrou uma redução de eventos com NNT de
45 às custas de aumento de sangramento maior, traduzido por sangramento
digestivo com NNH de 50. No end point secundário composto por : morte, IAM,
AVE-I, AVE-H e internamento por IC não houve diferença estatística entre os
grupos, com uma tendência a maior hospitalização para o grupo da varfarina,
contudo também sem alcançar significância estatística(p valor de 0,0053).
Acredito que o estudo ao excluir as indicações clássicas de AO na IC, trouxe uma hipótese muito pouco plausível, e portanto, culminando num resultado ´negativo´.
ResponderExcluirAcredito que nao foi uma questao de excluir as indicaçoes clássicas de AO, acho dificil o comite de etica aprovar um estudo no qual o grupo placebo nao esteja em uso de angum tipo de AO, nos casos em que haja indicaçao clássica para AO.
ResponderExcluirExiste alguma controvérsia a respeito da indicaçao de AO em pacientes com ICC com FE muito reduzida <30%, o queo estudo conclui é que o uso de antiagregaçao é tao efetivo e talvez mais seguro ( sem significancia ) que AO nos pacientes de baixa probabilidade de fenomenos embólicos como o do referido estudo!
E mais um dado pra aumentar a controversia a respeito do uso de anti agregacao no lugar de anti coagulaçao nos pacintes com menor perfil de risco!
Muito bom esse estudo, rico em informações. Parabéns.
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