AFFIRM trial: Devemos sempre buscar a “normalização” de uma patologia?
http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa021328
Quando um médico se encontra diante
de uma patologia tenta, meio que de imediato, intervir com o intuído de atingir
a “normalização” do organismo. Será que esse pensamento sempre será o melhor para
o paciente?
Para contextualizar esse dilema
temos um exemplo interessante o AFFIRM trial. Um estudo multicêntrico,
randomizado, aberto, que teve como desfecho primário, morte por qualquer causa.
Neste trial foi analisado terapêuticas como manter em Ritmo sinusal (Normalização)
vs controle de frequência no tratamento de fibrilação atrial.
No resultado do trial observamos
que no grupo de controle do ritmo no seguimento de 5 anos apenas 62% mantiveram-se
em ritmo sinusal, contrastando com os 80% tiveram a frequência almejada no
grupo de controle da frequência. Em relação ao uso de anticoagulante houve uma
diferença de apenas 10% entre os grupos sendo maior no grupo de controle da frequência
em relação ao controle do ritmo.
No desfecho primário, no grupo de
controle da frequência 310(25,9%) vs controle de ritmo 356(26,7%) com p: 0,08,
não demostrando significância estatística entre os grupos. Um detalhe
interessante é sobre a quantidade de efeitos adverso, sendo este maior no grupo
de controle do ritmo. Entretanto o grupo de controle da frequência consegui manter
a frequência cardíaca dentro da meta uma parcela significativa e com menos
efeitos adversos.
Concluindo o AFFIRM trial traz
uma lição que nem sempre devemos perseguir cegamente o fisiológico, aceitando a
existência de uma patologia que deva ser controlada e não “normalizada”
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